Art. 225 da Constituição brasileira de 1988

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"

5.9.10

Divulgação

Para nossos seguidores ajudarem na divulgação do projeto, basta imprimirem esse texto e espalharem em suas instituições de ensino, empresas, lojas, bibliotecas etc. Também podem enviar por email para seus amigos!

Quem somos?
Somos um projeto para disseminar a conscientização ambiental na sociedade brasileira. Formado por estudantes da PUC, o projeto atua em três áreas principais: escolas, casas e eventos culturais.

Como fazemos?
Atuamos com palestras, eventos, oficinas práticas; para educadores, crianças, estudantes de todas as idades, população carente etc. Temos a flexibilidade a nosso favor, no sentido de que qualquer público é interessante e que as atividades são planejadas para cada público especificamente.

Como você pode contribuir?
- Una-se ao projeto: sempre precisamos de mais gente para trabalhar na criação e aplicação de nossas atividades. Se você tem interesse na área ambiental, disponibilidade para trabalhar voluntariamente, idéias criativas e vontade de melhorar o sistema extremamente consumista que vivemos hoje, nos contate!

- Seja um voluntário esporádico: uma das áreas de atuação do projeto é a visitação domiciliar. Para isso precisamos sempre de voluntários dispostos a ajudar. Esse segmento específico permite que cada voluntário trabalhe apenas no seu bairro, facilitando a possibilidade de contribuição. Assim, nos mande um e-mail para sabermos de seu interesse, seu bairro e sua disponibilidade para participar do curso de formação de voluntariado.

- Indique: nosso projeto depende muito da propaganda “boca-a-boca”; por isso, se você conhece alguma escola ou grupo de educadores, alguma ONG que atue na área de educação ou na área ambiental, ou mesmo alguma empresa que possa nos apoiar/patrocinar, nos indique, passe o contato para nós, para que possamos iniciar uma relação com esta entidade.

- Acompanhe o blog: leia nossos artigos sobre meio ambiente e política, sobre atuação em casa e na rua, sobre possíveis transformações no seu dia-a-dia!

- Mude seus hábitos: pequenas coisas na nossa rotina podem parecer sem importância, mas somadas às de todo o resto do mundo, podem fazer a diferença, para o bem ou para o mal do planeta. Assim, repense seus hábitos, inclua ações básicas como reciclar seu lixo ou diminuir o consumo de água. Lave suas máquinas sempre com o nível de água apropriado ao peso, ensaboe a louça com a torneira fechada, tome banhos mais curtos, observe se o que está comprando é realmente necessário e qual a sua origem (local e material) entre outras coisas.

Contato
projeto225@gmail.com (Luciana)

5.7.10

Marina

O Projeto225 não é vinculado a nenhum partido político, ou instituição partidária. Porém, querer transformar a sociedade, as pessoas, os maus hábitos não deixa de ser uma atitude política. Agimos dessa forma diariamente sem nos darmos conta, em relação a tudo na vida. Por exemplo, se decidimos que a televisão faz mal aos nossos olhos e à nossa mente e resolvemos nunca mais assisti-la, isso é uma atitude política, assim como separar o seu lixo para reciclagem. Resumidamente, não é possível negar o fato de que somos seres políticos e agimos de tal forma independentemente de partidarismo.
Nesse sentido, gostaria de destacar uma pessoa que luta pela transformação que tanto queremos, a candidata à presidência da República, Marina Silva. Por mais que muitos a considerem idealista ou utopista, seria hipocrisia da nossa parte (projeto225) concordar com tais afirmações, já que partilhamos de suas idéias de desenvolvimento sustentável. Além disso, toda sua campanha é embasada na questão da sustentabilidade urgente, na ativação de setores menosprezados (como energias renováveis e agricultura familiar), sem limitar o crescimento econômico e social do país. Até suas emissões durante a campanha serão contabilizadas e convertidas em reflorestamento de diversos biomas brasileiros.
O preconceito, é claro, prepondera em certos casos. O fato de ser uma mulher, por exemplo, já elimina uma porcentagem grande de pessoas que poderiam apoiá-la, não só na eleição, com seus votos, mas na construção de suas idéias para o país. Mas não é essa a discussão desse artigo. A questão que apresento aqui é a sua força em mostrar que suas idéias são viáveis e nos elevariam a um patamar exemplar em relação a outros países do mundo. Acredito que todos devam se unir nessa conscientização planetária, mas sou realista para ver que em alguns lugares há mais dificuldade em aceitar do que em outros; aceitar essas idéias e fazer algo a respeito. O Brasil não. Ele já é evidentemente um dos mais capazes dessa transformação, tanto em termos práticos (por exemplo a possibilidade de diversificação das fontes de energia), como em termos intelectuais, com a ampliação dos engajados pelo movimento verde, entre eles artistas, políticos, cientistas e sociólogos.
A luta de Marina é a nossa luta. É a luta de muitas ONGs e instituições. É a luta de muitos professores e de muitas famílias. É a luta do Projeto225.
O mundo que queremos só poderá ser construído a partir do interesse e da ação prática de dois segmentos: público e privado. Nada pode ser cobrado do governo se não é amplamente praticado pela sociedade civil. O governo trabalha pelo que o povo quer (e aqui falo de maneira teórica, pois conhecemos bem o passado da prática política brasileira) e se nós manifestarmos o interesse em uma economia sustentável, será por isso que ele irá trabalhar.
Assim, termino encorajando a todos a manifestarem publicamente, e privadamente, seu interesse por um mundo sustentável, que respeite o planeta e não deixe de pensar em nosso bem estar. Praticar seus ideais em casa é o primeiro passo para toda essa transformação social que buscamos e divulgar as suas idéias, colocá-las para as pessoas próximas (ou distantes, dependendo de seu envolvimento com a causa), praticá-las no seu posicionamento político é fundamental. Não deixem de cobrar daqueles em que votou, nosso ideal é comum, a luta é uma só.
Recomendo para os interessados a visita ao site da candidata (
www.minhamarina.org.br) e a leitura das diretrizes do seu programa de governo. Isso possibilitará o debate de suas idéias com conhecimento prévio, pois muitos falam sem tê-lo. O texto “Convocação”, escrito pela candidata e disponível no site, também é amplamente recomendável.
Luciana Sonck

22.5.10

Pré-ssagio

O vazamento de óleo no Golfo do México, com início em 20 de abril e de responsabilidade da empresa British Petroleum, provou-se maior do que se imaginava. Em uma matéria do Estadão de hoje pode-se ler que através de uma câmera subaquática o governo Obama detectou uma falha técnica da BP: o fato de que a empresa declarou um vazamento possivelmente 10 vezes menor do que o real, exigindo assim que esta faça um processo transparente para toda a população americana.
Um caso como esse é prejuízo para toda a humanidade, não só para os americanos, pois mais de 600 espécies foram colocadas em risco, fora os mais de 200 animais mortos encontrados até agora. Assim, o governo americano está certo em exigir transparência, mas o mundo todo também deve. Exigir não apenas transparência, mas agilidade e eficiência no processo de recuperação de um vazamento que não foi o primeiro e nem será o último, para a tristeza do grande planeta azul.
Não posso deixar de relacionar um problema tão grave com a grande descoberta de reservas no pré-sal que a Petrobrás está rapidamente tentando explorar. Há aí um interesse muito mais político do que qualquer outra coisa. A candidata à presidência pelo PT, nossa ex-ministra Dilma, está lidando com essa questão com tanta rapidez, afim de obter vantagens eleitorais, que não percebe que "a pressa é inimiga da perfeição".
Devemos tomar mais esse vazamento histórico como um alerta, uma chance de revermos certas prioridades. Penso que é extremamente irracional, no ano de 2010, depois de todo um processo histórico e batalhas por investimentos sustentáveis e recuperações ambientais voltarmos a investir em uma fonte de energia tão poluente quanto o petróleo como se ainda estivéssemos na déc. de 50.
No site oficial da Petrobrás encontramos dados como "Só o Plano de Renovação de Barcos de Apoio, lançado em maio de 2008, prevê a construção de 146 novas embarcações, com a exigência de 70% a 80% de conteúdo nacional, a um custo total orçado em US$ 5 bilhões." É claro que para uma afirmação como essa é preciso completar que esse investimento gerará 500 novos empregos no setor. Mas, "500 novos empregos diretos" são realmente significativos em um país com alto índice de desemprego? E 5 bilhões de dólares investidos em outros setores não gerariam mais empregos e renda?
Investir em um projeto como esse exige no mínimo um planejamento amplamente discutido, o que não é a mesma coisa que agilizar os processos de licitações para obter os créditos antes da eleição. Será que podemos dormir tranqüilos sabendo que não sofreremos uma catástrofe natural assim como o vazamento do Golfo do México?
Os danos seriam certamente maiores, pois não havendo a proteção de uma baía como lá, seria um vazamento em mar aberto, impossibilitando uma recuperação eficiente do petróleo despejado. Com o tamanho da área de exploração do pré-sal, mais espécies seriam atingidas, mais incontrolável seria a devastação.
Em compensação, o Brasil possui um potencial de exploração da energia solar maravilhoso, além de recentes descobertas de um tipo de tecnologia mais barata, realizadas pelos alunos de física da PUC-RS. Por que não investir 5 bilhões de dólares nessa iniciativa? Por que ninguém se preocupa em comparar os benefícios, levando em conta os danos e os riscos? Digo isso porque não temos o costume de pagar por nossos danos ambientais. Alguma reação tivemos no aumento do preço da água (alguém notou?), mas não incorporamos os valores da destruição do planeta nos combustíveis, nos cosméticos, nos produtos derivados do petróleo etc.
Não tenho dúvidas que se isso tudo fosse contabilizado, uma energia limpa seria muito mais negócio que uma poluente.
Devemos nos manter informados e nos utilizar de todos os meios possíveis para conscientizar aqueles ao nosso redor. Discutir questões como essa em escolas, universidades, no trabalho, com nossos filhos, para que juntos pensemos em soluções melhores e criemos opiniões realmente conscientes à respeito das questões ambientais.

Luciana Lira


A História das Coisas

24.4.10

O Abre Alas

Tenho certeza que os leitores já tiveram acesso a dados estatísticos catastróficos a respeito do que vem acontecendo em nosso planeta: efeito estufa, desgelo dos pólos, desertificação etc. Em algum momento, seja através de uma leitura, do colégio, de um jornal televisivo ou mesmo de um documentário mais específico todos nós tivemos contato com o assunto.

No entanto, o que fazemos com essas informações? Há os que sofram uma espécie de epifania, outros saem para colocar gasolina. Mas não estamos aqui como juízes de ninguém (nem por isso deixaremos de problematizar essa questão).

O homem tornou-se um ser de muita teoria e pouca ação prática. Tudo aquilo que sabemos e pensamos não transcende o plano metafísico. Talvez por comodismo, talvez por estarmos desacostumados a fazê-lo. Não importa o motivo, o fato é que deixamos nossas ações sempre para o momento em que se tornem inevitáveis. Não temos a cultura da prevenção e isso se aplica a quase todos os aspectos de nossas vidas (talvez menos no mercado financeiro, pois apesar de todos os riscos, é a única coisa com que nos preocupamos em sermos precavidos).

Portanto, na questão do meio ambiente não seria diferente. Vivemos uma era pós-moderna caracterizada pela ruptura do tempo e do espaço, através da tecnologia e das telecomunicações. Alteramos o conceito de tempo impondo-lhe uma aceleração que consideramos compatível com nosso avanço tecnológico. Ou seja, cada vez mais tornamo-nos escravos do tempo e de uma rotina alienante.

O que isso quer dizer? Que a vida passa sem que nos demos conta dela e não é por acaso que os consultórios psicológicos estão lotados.

Isso se mantém no que diz respeito ao conhecimento. A futilização das informações que absorvemos tem se expandido de maneira incontrolável, pois não temos mais tempo para nos aprofundarmos nas coisas.

Assim, fechamos nossos olhos para os problemas que nos exigem tempo, os mais dramáticos (podendo encaixar aí temas como a fome no mundo), esperando a hora em que se torne inevitável a discussão à respeito.

Bem, podemos paralelamente observar um recente aumento das discussões sobre os problemas ambientais e o respeito à natureza. Será possível relacionar esses dois fatos? Claro que sim, alguns dirão até obviamente.

Concluímos assim que o fato de trazermos á tona um assunto tão profundo e importante está diretamente relacionado ao fato do homem ter plena consciência de que não pode mais esperar para problematizá-lo, pois já esperou até então.

Porém, os sujeitos individuais das sociedades, as pessoas em geral, não estão tendo acesso á essas discussões. Felizes as minorias que as têm. Sofremos uma enxurrada de informações, seja na televisão, em todos os periódicos, nos supermercados e lojas de serviço em geral, de uma hora para outra e nada sabemos que fazer com elas. Isso nos leva de volta à questão: o que fazemos com tudo isso que aprendemos?

O projeto225 surgiu para trazer a tal discussão para um nível palpável, para cada setor da sociedade, para todas as idades e classes sociais. Pode parecer um sonho impossível, mas através de ações simples desejamos atingir nosso objetivo.

Uma questão importante para nós, enquanto pensávamos as estruturas do projeto, era manter o caráter prático, trazendo para a materialidade aquilo que nos é jogado de forma tão aleatória na teoria. Queremos levar a explicação dos porquês e discutir a criação de novos meios de ação (mais simples e de baixo custo).

Como sempre afirmamos, nada disso é novo, não tivemos nenhuma idéia inovadora, porém, consideramos uma iniciativa até agora pouco explorada e absolutamente necessária para o futuro do nosso planeta. Afinal, de que adianta salvarmos o planeta com nossas tecnologias, mas continuarmos com a mentalidade consumidora e poluidora que o destruiria novamente?

A questão ambiental virou moda, portanto. Fabrica-se sacolas ecológicas de marcas que são vendidas a preços exorbitantes, algumas custando mais que 300 reais.

O que isso significa? Será que o homem não pode abrir mão dos seus preceitos capitalistas nem em relação a um assunto tão sério e crucial para a nossa sobrevivência e a de milhares de espécies?

Não podemos permitir que essa exploração desvairada nos impeça de agir corretamente e mudar nossos hábitos, pois se não há uma sacola retornável de 300 reais em nossas casas, com certeza há uma caixa de papelão que fará o mesmo trabalho. E se não pudermos comprar latões de lixo reciclável coloridos e específicos, podemos criar nosso próprio sistema de identificação familiar.

Queremos mostrar a todos como é simples tomar uma atitude e mudar velhos hábitos. É tudo uma questão de boa vontade. Não ousaria dizer de tempo, pois este nós não possuímos mais.

Portanto, quando se trata de salvar, preservar, respeitar, ajudar, plantar, despoluir, o nosso planeta, não é preciso mais entrar em conflitos teóricos: a hora de passarmos toda essa sabedoria para a ação já chegou.

Junte-se a nós e transforme a sua casa e a sua família, pois é somando pequenas mudanças que poderemos construir e exigir uma sociedade melhor.

Luciana Lira